O samba descompassado do treinador pontepretano 

O desafio de Felipe Moreira e do elenco da macaca para o jogo deste domingo contra o Tubarão, em Londrina, será mais uma oportunidade de se manter a evolução que o time vem demonstrando jogo após jogo, na opinião do próprio treinador ponte-pretano. Não só na opinião do técnico, mas de alguns atletas, como Léo Naldi, que essa semana fez questão de defender o trabalho do F.M., "estamos evoluindo". Essa evolução que o treinador e os jogadores vêm observando está muito longe do ideal que o torcedor da Ponte espera para a série B. O empate por 0 a 0, em casa, com o campeão e "combalido" Ceará foi péssimo. Felipe Moreira, em entrevista coletiva pós-jogo, disse ter ficado triste com empate, mas feliz com a performance. Que performance? A resposta para a substituição de um centroavante, ainda no primeiro tempo, por um volante e com isso não mudaria o esquema tático que ele iniciou, demonstra uma verdadeira desconexão com o que o treinador pensa e o que acontece em campo. "Com a entrada do Léo, o Cassinho fez e faz muito bem a função de atacante", é sério isso F.M.?O descompasso entre a realidade do campo e a leitura de jogo do treinador ponte-pretano não só é preocupante neste início de campeonato, como para o futuro da equipe na série b. Após o ponto conquistado em Campinas, a equipe cearense foi presa fácil para o líder Vitoria, no Presidente Vargas, na derrota por 2 a 0. A macaca terá sua chance contra o Londrina de somar os três pontos fora de casa ou continuar "evoluindo" na visão do seu comandante e voltar para Campinas com mais uma derrota e "namorando" com a zona de rebaixamento.

A "tal evolução" de Felipe Moreira

"Um povo que não conhece sua História, está fadado a repeti-la", Edmund Burke

Existe uma frase, do filósofo irlandês Edmund Burke, que diz: "Um povo que não conhece sua História, está fadado a repeti-la". Ao falar isso, a provocação que nos é trazida é a de que devemos sempre preservar os fatos e artefatos históricos, afim de enxergarmos facilmente ali, o que nos moveu e nos trouxe até aqui. Eu já estava com essa frase na cabeça desde o começo da semana, em que fomos brindados com defesas de atitudes nefastas em rede nacional, e sem qualquer escrúpulo por parte de seus interlocutores. Porém, isso me pegou ainda mais, quando chegou até mim fotos e relatos de torcedores que foram convidados às dependências do Moisés Lucarelli, e se depararam com uma situação de total abandono. Não vou mentir, já imaginava que as coisas por lá estivessem ruins, afinal quem frequenta o Majestoso, enxerga com facilidade a situação precária de nossas instalações. Mas eu não pensava que o problema era tão grave assim, com os mínimos detalhes. A Ponte Preta é um clube que tem como sua base de sustentação sua história, esse é o maior motivo de orgulho de seus torcedores, fazemos sempre questão de contar, e relembrar o que nos trouxe até aqui. As fotos e os relatos me destruíram, foi como se alguém estive tentando apagar uma parte de mim. Foi doloroso demais ver a carta de fundação do Primeiro Time de Futebol do Brasil, jogada em um canto como se nada significasse, como se esse documento histórico fosse nada mais que um pedaço qualquer de papel. Não, isso não é só um pedaço de papel, isso é a origem do que nós pontepretanos somos. Pra mim, isso foi simplesmente a prova física e nítida, de como as administrações anteriores não tinham qualquer interesse na Ponte Preta. Ninguém estava ali pela Ponte! Todo mundo sabe que até hoje todo levantamento histórico que a Ponte fez, todo livro, toda pesquisa e etc, partiram de iniciativas particulares, de torcedores abdicados e apaixonados. A diretoria que se auto declarou o povo mais pontepretano que existe, nunca se interessou por isso. Fui, e ainda sou, um ferrenho apoiador da mudança de governança na Ponte Preta, por entender que que dizia ter o DNA pontepretano, não sentia a mesma motivação que nós temos. Isso rapidamente se mostrou verdade, quando menos de 1 mês após sair do poder, seus cabeças começaram as ações e manobras afim de inviabilizar o clube. Mas pra mim é ainda mais impactante que foram essas pessoas, que nada fizeram para preservar e resgatar a nossa história. Esse é o maior bem, o maior estandarte, o maior motivo de orgulho que a Ponte Preta possui, a sua história, e se quem sempre esbravejou que era o "Salvador" da Ponte Preta, foi incapaz de manter e zelar por isso, não existe mais argumentação que sustente qualquer defesa desses. Enfim, mesmo essa imagem de dor e abandono, é um fato histórico, que nos mantenhamos isso em mente, afim de não repetirmos esse tipo de história.

Esse é o seu Estandarte

Uma simples crônica sobre o dia seguinte de um pontepretano após a derrota contra o São Bernardo.

Jurandir é baiano nasceu em 1967, na cidade de Feira de Santana, chegou à Campinas em 1975, ano do jubileu. Seu primeiro habitat foi a Vila Industrial, bairro operário e tradicional da cidade. Achava lindo de “como era lindo” o lago dos cisnes, hoje terminal central. Hoje, o baiano mora em Hortolândia. Trabalha no centro de Campinas, na famosa treze de maio, é técnico de manutenção na rede “Magalu”. Sábado, às 07h, Jurandir embarca para Campinas para mais um dia de trabalho. Na linha metropolitana Hortolândia-Campinas, encontra-se com conhecidos, dois amigos (Zé Mario e Roberto), e Neide, vizinha de rua e parceira de “feira” nos domingos do JD Amanda II. Ao descer no Terminal Metropolitano, dia comum como a maioria, se depara com Mariovaldo, amigo dos tempos de Vila Industrial: - Fala Jurandir, como tá “meu véio”?- Grande Mariovaldo, quanto tempo? A prosa se entende até que Mariovaldo toca no assunto que ao mesmo tempo, enche o baiano de alegria e tristeza. - E a Ponte, Jurandir? Ganhou quarta hein? O Lucca é bom!- É, hoje joga em São Bernardo, sei não! Ao se despedir de Mariovaldo, deseja lembranças à sua família e segue o caminho em direção a Estação Cultura. Em frente à própria estação, Jurandir observa a movimentação intensa no sabado de manhã de veículos em direção a Andrade Neves. E segue, a caminho da “treze”, pensando que o dia, não será fácil, nenhum diá é fácil na verdade, mas além do exaustivo dia de trabalho no centro de Campinas, é dia de Ponte Preta! Na banca de jornal, Jurandir observa a capa do Correio Popular e se recorda da saudade que sente do “falecido” Diário do Povo. Ao chegar no local de trabalho, na Treze com a Glicério, dá bom dia aos colegas, acena ao supervisor, deixa suas coisas no armário e segue… Aquele cafezinho não podia faltar. São 10h30, a loja com muitos clientes e na cabeça do Jurandir… Hoje tem Ponte Preta! Rogério, estoquista da loja há 10 anos, é ponte-pretano também e vai acompanhando as notícias pelo celular. Jurandir sente falta do jogo no rádio, como aprendeu com o pai, Waldemar, ainda no interior da Bahia e o que permaneceu ao chegar na cidade das andorinhas. - E ae Rogério, quanto o jogo? São 12h50.- Perdemos Jurandir, dois a zero para os caras. Jurandir, não se abala – ou não se deixa abalar, com mais uma derrota da Macaca. 14h e fim do expediente no centro. O baiano sobe a treze de maio em direção à Estação Cultura, o movimento já não é mais o mesmo na Andrade Neves. Ao chegar no Terminal Metropolitano, observa uma roda de pessoas, torcedores no caso, dois estão com a camisa da Ponte: - O Kleina tem que sair, não dá mais!- E o Matheus Jesus? Nossa, o traseiro maior que do Rodrigão… Jurandir, sente a dor e a emoção que o futebol provoca na vida das pessoas. Ao chegar no bairro do Amanda, encontra-se com Carvalho, dono do bar na rua principal. Palmeirense, ele não deixa passar o abatimento de Jurandir: - Jurandir, e a Ponte hein? Que jogo horroroso!- Ah, calma, essa semana tem o mundial, será que vai acabar a musiquinha?- Esse ano, acaba Jurandir!- Sei não, hein! A noite cai na cidade de Hortolândia, Jurandir está na quarta garrafa de Antartica, o Mallboro no canto. Suas filhas Carla e Juliana, passam para dar boa noite. A patroa, Dona Iracema, que é flamenguista dos tempos do interior de Minas, onde nasceu, carrega seu chaveiro rubro-negro. - Jurandir, esquece essa Ponte Preta, tu não aprende não é?- Nem estou pensando no jogo, quero é ver a novela dos gêmeos. O domingo amanhece, Jurandir como de costume vai à feira, encontra-se com Neide e manda uma abraço ao Gaspar, seu marido. Dionísio, dono da banca de frutas, ao ver o baiano com suas sacolas e proezando com Neide, não deixa escapar: - Jurandir, e a Ponte hein? Vai brigar de novo lá embaixo.- Sei não, será mais um ano de sofrimento, isso é certeza!- Essa semana tem a Ferroviária e o São Paulo, será que dá? Pergunta Dionísio.- A Ponte tem dessas né? Vai que ganha os dois jogos, sei não hein! Ao chegar em casa, vai direto à cozinha para ajudar Iracema com o almoço de domingo, os genros e netos estarão por lá. Jurandir vai ao guarda-roupa e pega na gaveta a camisa desbotada, branca com a faixa preta de 1989, da Finta. A coloca, e diz a Iracema: - “O melhor de ser ponte-pretano é quando não tem jogo”. Dia seguinte de torcedor, à família reunida, criançada correndo, tv ligada no esporte, o rádio no Milton Neves, e o genro, Alberto, corintiano daqueles chatos, ao ver Jurandir, não perdoa… - Jurandir, e a Ponte? E o Kleina?- Sei não hein! Pega minha caneca no balcão da cozinha, por favor!- Qual caneca?- A preta, da Ponte!- A Antartica desce e Jurandir até se esquece que amanhã é segunda e deve ouvir mais umas trezentas vezes até o próximo domingo…- Jurandir e a Ponte?- Sei não hein! <img src="https://firebasestorage.googleapis.com/v0/b/macacast-podcast.appspot.com/o/images%2FWhatsApp%20Image%202022-02-06%20at%2011.32.55.jpeg?alt=media&amp;token=a088aa91-afff-4db0-9085-ea6c9b26a853"><s>Fotos retiradas do portal ACidadeON</s>

O dia seguinte

A estréia no Paulistão e por que não, sonhar com “os pés no chão”

O campeonato paulista inicia-se hoje, e para a Ponte Preta no próximo dia 26, contra o Palmeiras no Allianz. Cercada de expectativas, muitas delas positivas, a temporada poderá marcar um novo ciclo dentro do clube. O retorno de Marco Antonio Eberlin, agora como presidente, trouxe à boa parte da torcida, um sinal de esperança, aguçada pelas boas contratações realizadas por ele e pelo "staff" do futebol, uma certa confiança e um resgate na auto-estima do torcedor. Mas, em se tratando de Ponte Preta, a calmaria e a brisa do mar em uma praia deserta, tem tempo curto. E muito curto. A semana que passou, iniciada com a notícia da transferência do “menino” Ivan Quaresma para o Corinthians, mesmo que esperada, esfriou os ânimos do ponte-pretano. <img src="https://firebasestorage.googleapis.com/v0/b/macacast-podcast.appspot.com/o/images%2FWhatsApp%20Image%202022-01-23%20at%2019.48.12.jpeg?alt=media&amp;token=01116c2e-de0d-42e2-9329-fe2030998b18"><s>Divulgação: Álvaro Jr./PontePress.</s> E as questões jurídicas também tiveram o seu papel principal na semana da Macaca. Os ex-presidentes Vanderlei Pereira e Sergio Carnielli, moveram ações contra o clube, cobrando-o de valores ainda não muito claros, mas que pegou toda a coletividade ponte-pretana de surpresa. A dívida com Sérgio Carnielli, todos nós já sabíamos que existia, os valores sempre lardeados a todos os cantos, por volta de R$100,000000 de reais, já era notório e comentado, apesar de inoportuna, mas um dia essa conta chegaria. Agora, o sr. Vanderlei Pereira, ex-braço direito do próprio Sérgio, foi uma surpresa desagradável e oportunista. Mais um “pepino” para a atual administração. Soma-se a isso, a saída de Moisés, "o soldado solitário" da temporada de 2021, para o Fortaleza foi o balde de água fria que faltava na cabeça da torcida. E, independente a tudo isso, é chegada à hora do Paulistão. Enfrentar o atual campeão da Libertadores fora de casa, será o primeiro desafio dessa Macaca que busca se libertar de um passado recente, ruim ou/e péssimo, dentro e fora do campo. Mesmo com as perdas importantes e já mencionadas aqui, é preciso apoiar o time e jogar ao seu lado desde o início. Nos remete aqui, já que um dos assuntos do momento é o cancelamento do carnaval, um verdadeiro “ataque” os trabalhadores, sambistas e apaixonados pelo espetáculo, lembrarmos de um samba de 1992 da Mocidade Independente de Padre Miguel, escola do coração de Elza Soares, que nos deixou também essa semana (Que semana!), que diz assim: “Deixe a sua mente vagarNão custa nada sonharViajar nos braços do infinitoOnde tudo é mais bonitoNesse mundo de ilusãoTransformar o sonho em realidadeE sonhar com a mocidade (Ponte Preta..)E sonhar com os pés no chão” Axé!

Sonhar, não custa nada

O que a chegada de Dedé pode significar e causar de sentimento no ponte-pretano

Salve Macacada!Um Feliz ano novo aos amigos do Macacast e a todos os torcedores. <img src="https://firebasestorage.googleapis.com/v0/b/macacast-podcast.appspot.com/o/images%2FWhatsApp%20Image%202022-01-06%20at%2014.51.12.jpeg?alt=media&amp;token=2fde7cb2-d916-42fb-ba0d-280dd9ef2874"><s>Foto: Pontepress</s> O fim de ano do ponte-pretano foi sacudido nas redes sociais, com a notícia da contratação do zagueiro Dedé. Eleito um dos maiores jogadores da história do futebol nacional, bicampeão brasileiro pelo Cruzeiro, grande destaque revelado no Vasco, o levando a Seleção Brasileira, foi ao mesmo tempo que uma surpresa, foi um "raio de esperança" na sofrida torcida da macaca. Luizão "Psicóloga", Cleylton (que ainda está por aí), Ruan Renato e Rayan D.M, deixaram a cabeça do torcedor "batendo biela", durante à temporada 2021. Fábio Sanches e Thiago Lopes foram o sopro, e a chegada de Dedé, o facho de luz que faltava. Sim, vamos com calma! Dedé está há muito tempo parado por contusões graves, que o afastaram do futebol por dois anos, mas seu nome e a qualidade que já apresentou dentro do futebol, o credencia a jogar e bem na Ponte. Se há um sentimento que o ponte-pretano tem avidez, é a esperança. E se contarmos com a inabalável fé que nos permeia mais de 121 anos, ficará difícil de nos derrubar. Boa sorte à Macaca, ao elenco e ao Kleina, 2022 já começou e com ele todo o nosso Axé!Saudações ponte-pretanas! 🦍

Zagueiros, Dedé e o Fio de Esperança 

Eu sentei para escrever um texto de fim de ano, cheio daqueles clichês de retrospectiva, mas minha cabeça simplesmente travou. Não consigo lembrar e nem definir o que aconteceu em 2020 e o que aconteceu em 2021. É muito estranho como as coisas se confundem ultimamente, você já reparou? Sei lá, parece que 2021 foi um ano que não aconteceu. Não sei se o fato de estarmos tanto tempo trancados, tanto tempo nos despedindo dos nossos, tanto tempo sem enxergar uma luz no fim do túnel, nos fez ficar inertes à passagem do tempo. Esse fim de ano, não teve aquele clima de fechamento, de conclusão, que normalmente sentimos nessa época. 2021 foi um ano complicado e complexo, ainda estávamos cheios de coisas de 2020 para resolver, a Pandemia nos parou. Fez com que o relógio em nossas cabeças congelasse. Muito estranho! Lógico que temos o que comemorar, foi em 2021, que finalmente recebemos as tão esperadas vacinas, e passamos a ter um fio de esperança que o fim desse limbo estava logo ali. Foi em 2021, que finalmente pudemos voltar a abraçar quem amamos, realizar aqueles reencontros tão aguardados, voltar a ocupar nossos espaços. Voltar a pisar no nosso querido Majestoso! Falando particularmente da gente, da Ponte Preta, do pontepretano, foi um ano que testou ao máximo nossa fé. Passamos por um Paulista horroroso, fomos eliminados por um time bem inferior na Copa do Brasil, de maneira bizarra, em um jogo que parecia que não tinhamos interesse algum, e fechamos o ano brigando para não cair na Série B. O resultado esportivo, e a sensação de desleixo com que a nossa Macaca Querida vinha sendo tratada, geraram no pontepretano a necessidade de mudança, e ela veio com a vitória da chapa opositora, e a alternância do poder. Falando ainda mais da nossa casinha, foi um ano espetacular para o Macacast, um ano de afirmação do projeto. Sentimos o torcedor abraçar nossa ideia, e engajar de verdade todas as maluquices que propusemos. Galera chegou forte no Macacast Club, e com isso, conseguimos montar nosso estúdio e começar as transmissões, do nosso jeito, errando nome de jogador, esquecendo de falar do jogo e puxando outros assuntos, mas acima de tudo, comemorando muito cada gol da Ponte Preta. Crescimento de nossos números de inscritos, seguidores, e etc. Que fez com que os jogadores quisessem falar com vocês, através da gente, isso foi incrível! Sempre gosto de lembrar que o Macacast é a representação da torcida, nosso objetivo é que você torcedor seja ouvido. Por fim, gostaria demais de agradecer cada um de vocês que nos acompanham, que nos ajudam, de qualquer forma, seja assinando o Club, ou simplesmente compartilhando o conteúdo para seus conhecidos. Vocês são gigantes! Agradecer também todo mundo que passou pelo canal nesse ano, entre entrevistas, resenhas, participações especiais e etc. Vocês são gigantes! E, enfim, agradecer nominalmente, primeiramente o João Lucas e o André Proco, que idealizaram e retomaram o projeto. E todo mundo que se dispôs a abraçar com a gente, Lucas Pedroso, Carlos Corsato, Professor Israel, Rogério Copolla, Ian Bonfim, Iago, Gi Morandim, Gabriel Sais, Harison O nosso 10. Sem vocês, seria impossível tudo isso que conseguimos. E, é isso, 2021 foi um ano estranho, difícil, duro, triste, mas teve lá seus momentinhos!Que 2022 seja o seu ano, que todos os seus objetivos sejam conquistados, que a gente tenha um pouco mais de alegria, que seja o ano de nossas vidas!

Adeus 2021!

Se não for possível na qualidade, vamos na raça e na vontade

Não é novidade para ninguém que a torcida carrega a Ponte Preta nas costas desde a fundação, há 121 anos. Também não é novidade que a grande paixão do pontepretano não é o futebol, mas, sim, o clube. Particularmente, não possuo nenhuma capacidade para analisar taticamente uma partida. Não sou daqueles que se interessam em qualquer jogo que esteja passando na televisão. Prefiro assistir outra coisa. Talvez um documentário ou filme com a Giovanna. Entretanto, se a Ponte Preta participar de um campeonato de xadrez, faço questão de torcer, mesmo sem entender por completo como funciona o esporte.&nbsp; O elenco atual da Ponte Preta, realmente, não é um primor de qualidade. Eu sei disso. Você sabe. Todos sabem. Falar sobre a falta de habilidade técnica do time, atualmente, é chover no molhado. Obviamente que, como jornalista, a analise da situação é fundamental. Contudo, neste espaço, falo, acima de tudo, como mais um torcedor pontepretano. Um apaixonado que, por vezes, passa dos limites, como qualquer um. Já cometi algumas loucuras, no bom sentido da palavra, como viajar para a Argentina de ônibus e reprovar de ano no ensino médio para assistir a final da Sul-Americana, em 2013. Se me arrependo? Jamais. Me tornei o que sou por conta dessas andanças com Torcida Jovem, Ponterror, Serponte e etc. Parafraseando 'Os Racionais', em Fórmula Mágica da Paz, "não vou negar quem eu fui, quem sou. Gosto de onde estou e de onde eu vim, ensinamento da favela foi muito bom pra mim."&nbsp; <img src="https://firebasestorage.googleapis.com/v0/b/macacast-podcast.appspot.com/o/images%2Fivanmonstro_ref.png?alt=media&amp;token=2ae3a256-e952-4fb8-8e0d-b5226a98dc0c"> <blockquote>Quando eu cheguei ao estádio e vi essa nação, foi de arrepiar - Ivan, goleiro da Ponte Preta</blockquote> Quem assiste o Macacast percebe que, costumeiramente, sou o mais perdido. Não sei falar sobre posicionamento ou esquema de jogo, por isso não emito opinião sobre, até mesmo para não estragar o programa. Tento ser quem sou: um bobo apaixonado que diz, com total certeza, que a Ponte Preta iria atropelar o Náutico que, na época, era o líder do campeonato. E quase deu, hein? Eu sei da alvinegra. E sei que a última partida, contra o Operário, foi um verdadeiro teste para cardíaco. Se você está vivo e lendo este texto, parabéns! Seu coração está em ordem!&nbsp; O que não está em ordem, no caso, é o respeito de algumas pessoas com a história, com a torcida e com o próprio elenco. Alguns estão mais preocupados com o pleito eleitoral, em novembro, do que com a Ponte Preta. A instituição precisa, mais uma vez, dos verdadeiros apaixonados. Não estou muito preocupado com as promessas vazias que alguns vão declarar em alto e bom som por aí, já que estamos em período eleitoral. Sinto que os verdadeiros "donos" do clube têm mais o que fazer: apoiar os jogadores e salvar o clube de um rebaixamento vergonhoso. Quem são os donos? Os torcedores.&nbsp; Eu sei, de cor e salteado, que o time não é bom. Porém, também sei que, quando a torcida abraça, não tem pra ninguém. Que tenhamos a mesma união de um Dérbi. A mesma união de 2003. O mesmo empenho de 2011. As mesmas loucuras de 2013. Caros(as), eu não quero nem saber qual time é o melhor da competição. Alguma coisa mexeu com o brio dos jogadores e digo com absoluta certeza: não foi nenhuma promessa financeira vazia. Foi a torcida.

COLUNA: Onze jogadores e sua torcida

A história de Sueli Gramari, a sócia número 1 da Ponte Preta

Todo dia, ainda no século 21, o pontepretano é atingido por uma enxurrada de tentativas de diminuir a instituição que ele torce, e dedica boa parte de sua vida. São coisas como: Time virgem, sem título, torcida minúscula, time sem expressão e por aí vai. Até aí, o pontepretano pouco se importa, até porque ninguém sabe a grandeza da Ponte Preta como o seu torcedor. Grandeza que se inicia pela sua própria torcida. Desde sua fundação, a Ponte Preta, sempre esteve a contramão da sociedade, é um time oriundo das raízes operárias da cidade, fundado por trabalhadores das ferrovias, e nasceu num dos bairros mais humildes em sua época, longe do centro, no sentido oposto ao que os clubes da época, e os que vieram depois, sempre procuraram. Não à toa, desde seu surgimento a Ponte Preta sempre foi oprimida, perseguida e rechaçada pela sociedade. Tal fato, poderia por fim a qualquer história, e talvez nós hoje não teríamos a nossa Nega Véia para torcer. Mas não aqui, não com a Ponte Preta, foi a partir daí que a Ponte se dispôs a comprar essa briga, ser o time dos oprimidos e desfavorecidos, representante das classes mais baixas, e dos que a sociedade tentava marginalizar. Esse, é sem dúvidas, o maior legado que o torcedor pontepretano faz questão de carregar e defender. Até os dias de hoje, o clube sempre se coloca a frente na luta pelos direitos humanos, a eterna batalha contra o racismo, a homofobia, o elitismo, o classicismo, o capacitismo e por aí vai. O pontepretano sabe que seu time é muito mais que somente o campo e bola, sabe que é uma instituição centenária, que carrega em suas entranhas o cerne do povo brasileiro, e que tem por obrigação sempre se manter em pé. Afinal, se esse pilar enfraquecer, ou ceder, dará espaço para aqueles que não prezam pelo bem comum tomarem seu espaço. Lembrei disso, por saber da história da PRIMEIRA SÓCIA TC10 (na época chamava-se apenas Sócio Torcedor). A Ponte tem tradição de grandes pontepretanas, tivemos Dona Anna, Conceição, Dalva, Dulce dentre outras. E esse é o caso de mais uma dessas, D. Sueli Gramari, a sócia torcedora nº:1 da Ponte Preta. Com sequelas da poliomielite, que contraiu aos 3 anos de vida, D. Sueli é portadora de deficiência física, e tinha limitações de movimento. Mas isso nunca a impediu de seguir o seu time de coração, sempre junto dos irmãos Fernando, Sérgio e Edna. Por volta de 2008, quando a Ponte lançou seu programa de sócio torcedor, Sueli não perdeu tempo, e foi até o Majestoso garantir sua carteirinha. Porém, chegou muito cedo, e ainda não estava aberto para cadastro, mas nada iria impedir Sueli de acompanhar seu time, nunca foi parada antes, não seria agora. Conversaram com todo mundo, tentaram, até que por fim, conseguiram a liberação para o seu cadastro.&nbsp; ﻿E assim, D. Sueli Gramari, se tornou a Sócia Torcedora nº: 1 da Ponte Preta. Mantendo e ampliando a história de tradição inclusiva da Associação Atlética Ponte Preta, fundada por operários, primeiro time a ter negros entre os atletas, time que sempre abraçou as mulheres como seus maiores símbolos, e também as pessoas com deficiência. Um exemplo que todos insistem em tentar apagar, mas deveriam tentar seguir. Ponte Preta sempre foi e será para todos e de todos! <img src="https://firebasestorage.googleapis.com/v0/b/macacast-podcast.appspot.com/o/images%2FWhatsApp%20Image%202021-08-16%20at%2013.50.44.jpeg?alt=media&amp;token=c6832841-9cfe-4c78-a0c9-76e87a03c97a"><s>Sueli Gramari (ao centro) com Fernando Gramari e Fernando Rodrigues (a esq.), e Douglas Arruda, Nivaldo Passagnolo, Giuliano Dimarzio, Gustavo, Roberto e Wiil</s>

A PRIMEIRA SÓCIA TORCEDORA

Apresentação de resultados da campanha de arrecadação de alimentos

Não é novidade para ninguém que, talvez, estejamos passando pela pior fase de nossa história recente: pandemia, crise econômica, desemprego, comércios fechando, perda de entes queridos, dentre outros infortúnios. Em meio a tudo isso, e sempre nesses momentos de dor, que aflora em todo mundo a vontade de fazer algo em prol do próximo. Foi então que, movidos por esse sentimento e honrando a tradição histórica de nossa torcida, promovemos a união de todas as páginas que se dedicam a Ponte Preta, em busca de um objetivo maior: SALVAR VIDAS! No dia 05/04/2021, foi lançada, de maneira coletiva, a campanha "MACACOS CONTRA A FOME". O objetivo era a arrecadação de doações de mantimentos ou de valores para a aquisição de cestas básicas.Campanha essa, que rapidamente foi abraçada por toda a coletividade pontepretana. E todo mundo sabe que quando a ente se une, ninguém consegue segurar! A meta da campanha era de levantar ao menos o total de 121 cestas, em alusão ao aniversário de 121 anos da Macaca Querida. Dividimos então em 2 etapas de doações, já que as pessoas estavam com fome e não poderiam esperar tanto tempo para receber algum tipo de auxílio. <img src="https://firebasestorage.googleapis.com/v0/b/macacast-podcast.appspot.com/o/images%2Fmacacoscontrafome_ref.png?alt=media&amp;token=7b57fa1f-13a6-4ffe-88e8-8ae948354252"> Então, no dia 13/04/2021, fizemos a compra de 71 cestas básicas junto a empresa CEAL, no valor total de R$ 3479,00. <img src="https://firebasestorage.googleapis.com/v0/b/macacast-podcast.appspot.com/o/images%2Fnota_ref.png?alt=media&amp;token=3b9a616b-9de5-4adb-b420-c5b46ca2e023"> Essa primeira leva de cesta, foi particionada e destinada à 2 instituições distintas:<ul><li>20 cestas e 50kg de doações de mantimentos foram destinados ao Acampamento Marielle Vive;</li><li>51 cestas de alimentos, somadas a 51 cestas de produtos de higiene e limpeza (doados pela Office &amp; Clean Campinas) foram destinados a CUFA Campinas.</li></ul> <img src="https://firebasestorage.googleapis.com/v0/b/macacast-podcast.appspot.com/o/images%2Ffotosentrega_ref.png?alt=media&amp;token=5600ed96-948d-4ce5-b1f4-cfe44ddb4cfc" style="text-align: left;"><s>Foto: Fenando Gramari / @gramarifotografia</s> Por fim, a segunda leva de cestas adquiridas serão totalmente encaminhadas à CUFA de Campinas, serão 55 cestas, que já foram encomendadas e serão entregues ainda nesse final de semana. <img src="https://firebasestorage.googleapis.com/v0/b/macacast-podcast.appspot.com/o/images%2Fnota2_ref.png?alt=media&amp;token=6fd495c5-9582-4c05-976f-2644c8075a85"> Ainda, é importante dizer que estamos com a "Rifa Solidária" em andamento, e o valor arrecadado será 100% destinado a doações. <img src="https://firebasestorage.googleapis.com/v0/b/macacast-podcast.appspot.com/o/images%2Frifa_ref.png?alt=media&amp;token=f54aaf80-4141-4835-ab2e-3200acc796f7"> E por último, mas não menos importante, queremos agradecer nominalmente cada uma das páginas e perfis que ajudaram a gente nessa campanha.Segue:<ul><li>@bondepppp</li><li>@aappmilgrau</li><li>@aapp_since1900</li><li>@amaiordointerior1</li><li>@camisasdamacaca</li><li>@chutaprogol</li><li>@colecaoaapp</li><li>@ponteof</li><li>@fabrica_de_macaco</li><li>@museudamacaca</li><li>@insta.negaveia</li><li>@historiasdaponte</li><li>@macaca_depressiva</li><li>@macacodoente</li><li>@macaquiceaapp</li><li>@macaquina_mortifera</li><li>@golsdamacaca</li><li>@majestoso70</li><li>@torcidapontepretana</li><li>@ponte_1900</li><li>@pontedepressao</li><li>@ponteinterativo</li><li>@ponte_macacaquerida</li><li>@tjp_campo_grande</li><li>@tjpdics</li><li>@somenteponte</li><li>@_gabyslira</li><li>@tjp1969oficial</li><li>@tjpjacare</li><li>@macacoapoiamacaco</li><li>@papafaye_official</li><li>@macacadopovao</li><li>@aappdadepressao</li><li>@aappblackbridge</li><li>@amaiordointerior.1</li><li>@ponte_tatica_</li><li>@pontepreta.net</li><li>@tjp_sao_jose</li><li>@tjpzl</li><li>@bruno.r.n</li><li>@tattooaapp</li><li>@zueira_alvinegra</li><li>@oequestra_aapp</li><li>@ponte_da_depressao</li><li>@_macacadazueira</li><li>@instapontepreta</li><li>@pontepretando</li></ul> E todos os perfis pessoais de jogadores, ex-jogadores, jornalistas e torcedores que compartilharam e participaram da nossa campanha. Em nome das mais de 1000 famílias auxiliadas, o nosso MUITO OBRIGADO! Nossa torcida é gigante, e nossa força maior ainda! NÃO É ATOA QUE SOMOS A MAIOR DO INTERIOR!!!

MACACOS CONTRA A FOME!

Campanha de combate a fome em meio à pandemia é um golaço dos torcedores pontepretanos

Marcada durante toda sua vida como aguerrida, sofrida e fiel, independente da situação que o clube estivesse, a torcida pontepretana anotou mais uma bela página em sua história. Fortalecida nas redes sociais, através do Macacast, os torcedores se organizaram e criaram a campanha “Macacos Contra a Fome”, num momento delicado da sociedade brasileira. Conforme publicação do portal “Brasil de Fato”, 19 milhões de brasileiros passaram forme em meio à pandemia do Coronavírus. Segundo o estudo da Rede Brasileira de Pesquisa em Soberania, Segurança Alimentar e Nutricional (Rede Penssan), entre outubro e dezembro de 2020, o índice exato de famílias nessa situação chegou a 55,2%. O Brasil, um país que se empobreceu nos últimos anos, não vem mostrando capacidade política alguma de combate ao aumento da fome nos domicílios brasileiros. Daí, surgem a criatividade e solidariedade do seu povo, se organizando e articulando arrecadações, doações de alimentos, cestas básicas a ser distribuídas em instituições da cidade. A ação do Macacast está em contato com a CUFA para realizar suas doações. Atitudes como essa não serão o suficiente para erradicar a fome em Campinas. É óbvio que não. Mas para os torcedores que somos, “Arquibaldo ou Geraldino”, temos a consciência da criticidade do momento, da situação de insegurança alimentar que afligem boa parte da população campineira, fizeram com que agíssemos. Um verdadeiro gol de placa do torcedor pontepretano e parafraseando o “pai do gol”, José Silvério: “e que golaço!”.&nbsp;Saudações pontepretanas!

E... que golaço!

Sempre ouvimos essa frase, e a repetimos como um lema. O futebol vai muito além do campo e bola, eu adoro deixar isso bem claro para todo mundo. 

Sempre ouvimos essa frase, e a repetimos como um lema. O futebol vai muito além do campo e bola, eu adoro deixar isso bem claro para todo mundo.&nbsp; Todas as vezes que me perguntam: “Nossa, como consegue ficar o dia inteiro assistindo um jogo atrás do outro? Não cansa? Tem vezes que você nem sabe quem está jogando…” Eu sempre retruco dizendo que o futebol é mágico, é lindo, proporciona momentos que nenhum outro esporte é capaz de fazer. O gol da virada no último segundo, o pênalti defendido, o lance épico do craque, ou mesmo daquele jogador que ninguém nunca esperou. Eu amo o futebol! AMO! 	 Acima de tudo eu amo a Ponte Preta, afinal, minha paixão pelo futebol nasceu nos alambrados e arquibancadas de concreto do Majestoso. Vendo a Nega Véia em campo, vendo Piá, Washington, Adrianinho, Aranha, Macedo, Elivelton, Mineiro, Fabinho, Fábio Luciano, Ronaldão, e tantos outros. Lances apaixonantes como o gol do empate, contra o Flamengo, no cabeceio do Lauro, os 3 gols do Gigena no Dérbi, a partida quase perfeita do Jefferson na semi do Paulista, a falta do Felipe Bastos contra o Lanús, tantos e tantos lances que me levaram aos céus, entre lágrimas de alegria, e o grito solto da garganta. Não tem como passar impassível pelo futebol, é coisa de maluco, coisa de outro mundo, uma emoção que quase nada consegue repetir.	 Sou um intrépido defensor do futebol, quando tentam diminuí-lo dizendo que é só negócio, que ninguém liga para sua torcida, que jogador só quer saber de dinheiro e etc.&nbsp;Mas me encontro em uma encruzilhada neste momento, não estou sendo capaz de defender aquilo que amo, sentimentos mistos, tanta coisa acontecendo ao redor daquilo que sempre foi motivo de alegria, refúgio do sofrimento, e os agentes que moviam e movem minha paixão, fingindo que não são parte daquilo. Como eu ainda posso defender minha paixão, se eu vejo tudo ruindo ao meu redor? Como posso defender minha paixão, se meu time, o amor da minha vida, não valoriza a vida dos outros pontepretanos? Como defender se o esporte que me emociona, vira a cara para os milhares de outros apaixonados que estão sofrendo com tudo isso? Estamos vivendo uma realidade paralela, o mundo está em pandemônio devido a uma pandemia, estamos hoje no país que se tornou o epicentro de tudo isso, milhares de pessoas perdem a vida diariamente, o futebol tem equipes e mais equipes vitimadas por essa doença, e muitas pessoas ligadas direta ou indiretamente ao futebol perderam suas vidas. Não existe outra maneira de ver tudo isso, o que vivemos é um estado de calamidade. E entenda, eu não estou falando de escolha política ou partidária, estou falando de números, e números que representam vidas. Em meio a tudo isso, na pior fase da pandemia no Brasil, em que recordes de contaminação e óbitos são batidos diariamente, a CBF e a FPF, se acham mais importantes e relevantes do que cada uma das mais de 284 mil vidas perdidas, e querem continuar com os campeonatos como se o futebol acontecesse em um outro universo, e nesse lugar não existisse nada disso que foi falado.&nbsp; É algo ultrajante, alegar que o “protocolo” utilizado é impecável, que o futebol é exemplo para a sociedade, e pior ainda, dizer que o futebol é um meio de manter as pessoas em casa no Lockdown. Como se o jogador fosse um robô, uma máquina, que está alheio a tudo que acontece, como se para fazer 1 jogo, só precisasse dos 11 de cada lado, não tem técnico, comissão, roupeiro, maqueiro, massagista, tia da cantina, e tantas outras pessoas, e suas famílias que são necessárias para a bola rolar. Está difícil defender a minha paixão, que já foi usada de maneira errada tantas vezes, e de maneiras tão absurdas, mas nunca de uma maneira tão vexatória como agora. E pra você que fala: “ A mas é só futebol, não sei porque tudo isso.” Eu te falo: Não é só futebol! Nunca foi e nem nunca será só futebol! ﻿<img src="https://firebasestorage.googleapis.com/v0/b/macacast-podcast.appspot.com/o/images%2FWhatsApp%20Image%202021-03-22%20at%2020.41.50.jpeg?alt=media&amp;token=38137dea-05ee-4c08-bfce-26ccdef71f69">

Nunca será só futebol!

Mesmo após vencer o Gama pela Copa do Brasil, a Macaca joga pressionada pela tabela e a paralização do futebol em São Paulo

Em que pese a vitória sobre o Gama, por 2x1, na primeira fase da Copa do Brasil, tenha e possa dar um pouco de tranquilidade ao elenco e a torcida pontepretana, a próxima e última rodada do Paulista - pelo menos enquanto, se mantiver a paralização do campeonato - coloca, mais uma vez, a pressão sobre os jogadores e ao treinador da Macaca. <img src="https://firebasestorage.googleapis.com/v0/b/macacast-podcast.appspot.com/o/images%2FApodi.jpeg?alt=media&amp;token=4a76f034-cace-466e-96fa-fee0d21a75f3"><s>Reprodução/Globo Esporte</s> São nove pontos disputados até aqui e apenas um ponto conquistado. Contra o Corinthians (domingo último), apesar do razoável primeiro tempo, com chances criadas e desperdiçadas, abrindo o placar e sofrendo o empate no fim da etapa inicial, culminando com a queda de produção da equipe e a virada do adversário no tempo final, foi sem dúvidas um balde água fria em seu torcedor. Também por isso, a partida de sábado (13), em Ribeirão Preto, contra o Botafogo, se tornou um jogo crucial para a permanência da Ponte Preta na primeira divisão do futebol paulista. Além dos motivos remitidos até aqui – campanha, baixo rendimento, falta do “homem forte do futebol” -, o campeonato terá sua paralização a partir de segunda feira (15), conforme anuncio do governador do estado de São Paulo no dia de hoje (a paralização permanecerá até o dia 30 de março). Decisão corretíssima. É preciso que algo seja feito, urgentemente para a prevenção do caos que se instalou no país. Foram 2400 vidas perdidas pelo Covid-19 nas últimas 24 horas. Sendo assim, a vitória contra o Botafogo-SP é fundamental. Fabio Moreno, apesar da sua relativa culpa nos resultados negativos da equipe, é o menos responsável até aqui. Não sabemos ainda se Camilo, principal atleta do time pontepretano, Edinei e Ryan, retornarão e ficarão à disposição do treinador. A vitória, os três pontos, são imprescindíveis para as expectativas (de permanência é claro) da comissão técnica e da torcida. Que façamos o resultado positivo, pontuarmos o necessário e aguardar a decisão das autoridades, para o retorno ou não do Paulistão. Se cuidem Macacada. Fique em casa.É isso!&nbsp;

Buscar a vitória em meio ao caos

Ainda não é o momento de caçar bruxas e colocar em xeque trabalho do treinador pontepretano

<img src="https://firebasestorage.googleapis.com/v0/b/macacast-podcast.appspot.com/o/images%2FFabio%20Moreno.JPG?alt=media&amp;token=33058629-5aac-4a72-993f-057a5d782d65"><s>Divulgação/Ponte Preta</s> O atual treinador pontepretano já demonstrou competência e capacidade de comandar a equipe durante o estadual. Aliás, reforço aqui que se Fabio Moreno tivesse assumido o comando da Macaca três rodadas antes da queda de Marcelo Oliveira, mesmo com todos os problemas extracampo e limitações técnicas do time, a “Veterana” teria conquistado acesso à série A do brasileiro em 2021. Fabio Moreno conseguiu construir um certo padrão de organização tática ao time, mesmo com a péssimo resultado em casa diante do Santo André. O empate contra o Novorizontino na rodada de abertura do Paulistão, principalmente no primeiro tempo, mostrou uma Ponte Preta organizada, com saídas de bola dos volantes e com progressão dos zagueiros, em especial o Edinei, que conseguiu quebrar a primeira linha de marcação imposta pelo treinador adversário, Léo Condé. E na bela jogada de Moisés abriu o placar, resultado mantido até o fim da etapa inicial. Já no segundo tempo com a estratégia suicida fora de casa, chamando o adversário para dentro do seu campo, sofrendo o empate e segurando o ímpeto do rival na maior parte do tempo, nos contra-ataques surgiram algumas oportunidades de matar a partida, o que infelizmente não aconteceu. Mas é aí o principal problema que o treinador campineiro precisa corrigir urgente. A Ponte dentro de campo, possui maior posse de bola que o adversário, cria claras chances de gol, mas acaba não convertendo em bola na rede. Essas chances desperdiçadas no último confronto dentro do Majestoso, são os principais motivos de críticas do torcedor pontepretano. Segundo o site O Gol, Fabio Moreno possui 48% de aproveitamento no comando da Macaca. São 7 vitórias, 4 empates e 4 derrotas, num total de 15 jogos à frente da equipe, marcando 24 gols e sofrendo 14. Ou seja, continuamos sofrendo com a quantidade alta de gols sofridos e essa, é mais uma questão a ser resolvida com muito trabalho e concentração dos atletas, durante o início do campeonato paulista. Isso o credencia a continuar a frente do comando? Sim, não vislumbramos área de terra arrasada, pelo menos por enquanto. Portanto, podemos e temos que continuar acreditando no trabalho do treinador. Sabemos que a próxima partida não será fácil. Enfrentar o rival Corinthians em Itaquera – local que ainda não ganhamos – contra tudo aquilo que envolve a partida, será mais um desafio para a Macaca e como tudo em nossa história, renascemos das adversidades e nos obstáculos que o futebol nos impõe, constantemente. Como não relembrar do Paulistão de 2011, assim como agora, chegaríamos a terceira rodada sem vitória nas duas primeiras, para enfrentar o São Paulo no Morumbi. No dia 22 de janeiro, com gol de Tiago Luís aos 31 minutos da segunda etapa, decretou a vitória da Macaca, a permanência de Gilson Kleina no comando técnico e a paz para a sequência do trabalho sem sustos naquele ano (chegamos às quartas de final contra o Santos de Neymar). Que o torcedor pontepretano possa sorrir no domingo, porque vencer o Corinthians é tão bom quanto uma vitória no dérbi. É isso!

Por que temos que acreditar no trabalho de Fabio Moreno?

Uma coluna opinativa, que fala da Ponte dentro de um âmbito geral, além do simples futebol

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